sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O Ciúme



(Caetano Veloso)

Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme...

O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre, nem triste, nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta.

Velho Chico, vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
E eu sou só, eu só, eu só, eu.

Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas, na voz que canta tudo, ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê?

Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira, monstruosa, a sombra do ciúme.

Velho Chico, vens de Minas
De onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti, não me ensinas
E eu sou só, eu só, eu só, eu.

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha amiga gatchinha!
Te adoro de paixão viu?
Muito franca? Acho digno vc ir conhecer meu blog, viu?

Não vou contar quem sou eu, pois é surpresa...mas pergunta pra Cris que ela te conta!

Nem sabia que vc tinha blog.
Acho isso tão digno!
Um beijo.