terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pelo Engarrafamento



(Otto)

Pelo engarrafamento eu vejo o mundo
Cheio de pessoas e sinais
Muitos não enxergam, se atropelam
São lançados contra o muro
Outros sentem sede, bebem
E atropelam muito mais.

Já estive num acidente, capotei
Parei num canavial
Trens são colocados a serviço
Trem não tem mais.

Fecho os olhos
Sinto as paredes do meu quarto
Sinto seu cansaço
Sua respiração
Não diga que fui eu que voei.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Vinte e Nove

http://farm1.static.flickr.com/229/513914763_e6e10db45b.jpg
(Renato Russo)

Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais...

Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver.

Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar e a pedir perdão.

E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Aniversário :) meus 29 anos!!!

Oi genteeeeeee!

Hoje eu faço mais um aninho de vida. :)

Escrevo pra agradecer e mandar um beijão especial pra todo mundo que se lembrou de mim no meu níver!! cada recadinho, cada telefonema, cada rostinho me desejando os parabéns, tudo vai ficar guardado pra sempre, aqui dentro do meu coração.

Agora me respeitem, porque sou uma jovem senhora de 29 anos!! hehehehehe :D

Lista de presentes: um potinho de Chronos ou Renew, discos de vinil pra tocar na vitrola em casa, e tinturas da Garnier para os meus cabelos brancos :)

Amo muito todos vocês, meus amigos e amigas!!

1000 beijos da amiga (maluca) de hoje e sempre
Luciene



Caras como eu

(Titãs)

Caras como eu
Estao ficando raros
Como cabelos ralos
Que se batem e caem pelo chão.

Caras como eu
Estão tirando o pé
Andando em marcha-ré
Com medo de entrar na contramão.

Como trens do interior
Que nao saem no horário
Como velhos elefantes
Que morrem solitários.

Caras como eu
Estão ficando chatos
Como solas de sapatos
Que se gastam
Com o passar do tempo...

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar no momento
Não vou mais tentar matar o tempo...

Como palavras de amor
Que não se guardam em disquetes
Como segredos sem valor
Que a gente nunca esquece

Caras como eu
Estão ficando velhos
Calçando os seus chinelos
Concluindo que nao há mais tempo...

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar no momento
Não vou mais tentar matar o tempo.